Já está em pleno funcionamento em Maceió projeto Jangada Acessível, que possibilita o acesso de pessoas com deficiência de locomoção ou com mobilidade reduzida até as piscinas naturais da Pajuçara.
Antes, os cadeirantes amarravam as respectivas cadeiras a um banco da jangada; agora, as jangadas foram modificadas de forma que a cadeira de rodas se encaixe e fique imóvel num espaço ladeado por uma estrutura de madeira, que impede qualquer movimento do equipamento.
Idealizada pelo arquiteto e ergonomista Jorge Luiza Silva, a jangada é mais larga que o normal, tem 2 metros de largura e 6,5 metros de comprimento. A capacidade é para seis lugares, sendo dois deles para cadeirantes.
O pescador e jangadeiro Sidney Cícero da Silva, 40 anos, conhecido por Dinho, foi um dos primeiros a apoiar a ideia de Jorge, contribuindo com sua larga experiência na construção da jangada. Testemunha das dificuldades dos cadeirantes para chegar até as piscinas da Pajuçara, Dinho diz que está muito satisfeito em ter contribuído com o projeto Jangada Acessível.
Outro que abraçou a ideia foi o artesão Durval, responsável pela confecção do tapete de bambu, que facilita a chegada do cadeirante até o mais perto possível da jangada. A esteira tem 1,60 de largura, o que possibilita o cadeirante fazer o giro completo e permite o tráfego de duas cadeiras.
José Batista, 35 anos, paraplégico desde os 9, é mais um dos que se dispuseram a ajudar no empreendimento. “Como cadeirante, fui voluntário do projeto, participando do que fosse necessário”, conta José durante seu segundo passeio às piscinas, sábado último, quando o Jangada Acessível foi apresentado à imprensa.
Maria Gabriela Amorim, 13 anos, que visitava as belezas das piscinas pela primeira vez, também aprovou a ideia. “Gostei muito. Já tinha entrado no mar antes, mas nunca tinha ido nas piscinas naturais. Me senti segura.”, elogiou.
A estrutura do Jangada Acessível está à disposição dos cadeirantes de quinta a sábado, nos horários previstos no calendário de marés. O passeio custa R$ 20.